Elefantes

Elefantes no resgate do ciclone de Bangladesh.
O uso dos elefantes me impressiona, porque logo que houve o tsunami na Ásia em dezembro de 2004, eu sonhei - vi a praia, o balneário, os hotéis, as pessoas se divertindo, havia alguma promiscuidade, não sei dizer, de repente algo muito errado, o céu em cima do mar, a iminência de algo, a necessidade de fugir, as pessoas perdidas umas das outras em aflição, uma locomotiva vindo do mar, gigante, poderosa, unstoppable, e depois os elefantes. Os elefantes riam, uma risada perversa, e tinham as cabeças e os dorsos fantasiados, franjas douradas acho, como elefantes de circo. E depois a escuridão, o silêncio, os escombros. A perda de pessoas queridas. Sonhei um dia depois de ocorrido, o tamanho da tragédia ainda não tinha sido absorvido aqui desse lado do mundo, ainda não tinha caído a ficha. Eu nem entendi o sonho até o dia seguinte, quando os noticiários começaram a dar mais destaque ao incidente e ao aftermath. Eu nem sabia que usavam elefantes para esse tipo de trabalho.