Monday, March 05, 2007

Homens, homens...

Gente, não tem aquela estória de que homem é tudo igual? Alguns são mais iguais, e me surpreendem pela igualzice.
Hmm, substitui aí: "igual" por "medíocre".
Mas depois o vento me trouxe umas idéias que amenizaram a mediocridade encontrada.
Enfim, os fatos --

Aula particular de esqui. Instrutor chega todo animado e simpático. Ligeiramente mais velho. Aula começa, instrutor puxando papo. Pergunta de onde sou - moro na Califórnia, mas sou do Brasil. Afff... vi a caixolinha dele fazendo as contas e juntando a fome com a vontade de comer (no pun intended). Animado, animado. Precisa saber do meu condicionamento físico. Explica que é preciso isolar a parte de cima do corpo da parte de baixo - comentei que fazemos isso na aula de belly dancing. Whoa, falei alguma palavra mágica?
"Wow, we need a demonstration after class. And I got money!"
Eu até que estava me divertindo, deixando solto. Nem que sim, nem que não. Lá pelas tantas, aparece o meu consorte (o de verdade) e fala qualquer coisa com o instrutor (eu estava meio longe, não ouvi). Um pouco depois o instrutor me fala alguma coisa sobre "the husband, boyfriend, whatever it is". Gente! Não é que eu notei um tom de ciúmes? Comentei que era mesmo meu marido, que estávamos comemorando nosso oitavo aniversário de casamento. Ele diz "é, daqui a uns dois meses eu completo 25 anos de casado. E ainda não terminou."
A história seria normal, se não fosse pelo tom de ciúmes lá no meio. Sticking out like a sore thumb, feito um baita desafino no meio de uma melodia normalzinha. Que role umas fantasiazinhas nas aulas do tal instrutor eu entendo, mas chegar ao ponto de rolar um ensaio de ciúmes?...

Depois eu estava lendo uma matéria no msn sobre como um "crush" por outra pessoa pode melhorar o seu relacionamento com alguém. Que essas fantasiazinhas, sobre as quais você não intenciona agir, realimentam sua paixão, fazendo você lembrar como era no início, trazendo de volta sensações etc. - contanto que elas não subtraiam do seu relacionamento verdadeiro, podem ser benéficas. Vai ver o tal instrutor gosta disso. Vai ver muito homem gosta disso - aliás, explica muita coisa que vejo por aí. Porque eu costumava achar que quem treina, joga - mas vai ver não é verdade para todo mundo (é verdade para mim - penso que não faz o menor sentido treinar se não for para jogar até o fim). Daí o desconto dado ao dedicado instrutor.

Mas tem duas coisas na historinha do instrutor que ficaram martelando. Primeiro, o tom de ciúmes. Segundo, que mais tarde (depois que eu já estava de volta à hospedaria) eu continuei sentindo que ele estava pensando no assunto. Eu tenho dessas coisas, às vezes minha antena capta umas coisas. Tentei perceber como ele se posicionava em relação ao assunto, a atmosfera geral, mas não consegui - só conseguia ter essa certeza de que ele ainda estava pensando nisso.
Acho que ele estava pisando na linha que separa o crush saudável do crush destrutivo.
Mas foi só naquele dia, depois passou.

Ficou a lição.
Homens, huh.

2 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Ruim com eles, pior sem eles... k

8:57 AM  
Blogger cazarim de beauvoir said...

o detalhe cruel foi o 'ainda não acabou'. ai, ai...

4:12 PM  

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